A Claro acaba de lançar planos de internet residencial utilizando a rede móvel 5G como acesso fixo sem fio (FWA, na sigla em inglês) e evoca a questão: “as operadoras poderão limitar o consumo de internet fixa?”
A análise feita pelo portal TELETIME relembra a decisão cautelar da Anatel em 2016, que proibia operadoras com mais de 50 mil clientes, de impor franquias de dados para o acesso residencial. Mas talvez a regra não valha para o modelo oferecido pela Claro.
O novo serviço é um combo de internet móvel 5G+ e modem Wi-Fi 6. Para utilizar o acesso fixo, além da assinatura de um dos planos, é necessário adquirir o modem, lançado por R$999,90, segundo divulgação da Claro. A velocidade oferecida é de até 1Gbps e é necessário, obviamente, estar em um local com cobertura 5G.
“Tecnicamente, é como se fosse um acesso 5G a um smartphone, apesar das velocidades serem similares aos acessos fixos tradicionais por redes de fibra ou HFC (cabo coaxial)”, reforça a análise do portal e que evidencia uma brecha na regra já defasada.
Na época da cautelar, inicialmente a Agência estabeleceu um período de 90 dias, durante o qual as operadoras deveriam aguardar antes de implementar qualquer mudança em suas regras referentes ao uso de franquias de dados em serviços de internet fixa, entre outras imposições. Porém, ainda segue em vigor e as operadoras desistiram de contestar a decisão.
O marketing do serviço de banda larga fixa sem fio com a rede 5G da Claro, mira não só em residências mas também pequenas empresas com um pitch de vendas que ressalta a importância de uma conexão veloz para os negócios.
“Com este lançamento, estamos oferecendo uma solução confiável, acessível e de fácil implementação para atender às necessidades de conectividade dos nossos clientes”, disse Douglas Bego, diretor de vendas e marketing da Claro para o segmento de pequenas e médias empresas.