
Em Portugal, aproximadamente 13,7% das pessoas que usam serviços móveis e 18,3% das pessoas que usam a internet móvel, o fizeram por meio da rede 5G, segundo dados da ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) do final do segundo trimestre de 2023. Isso corresponde a cerca de 17,8 em cada 100 habitantes e 1,86 milhões de acessos com a tecnologia de quinta geração.
No mesmo período, o tráfego total nas redes 5G foi de mais de 26 mil terabytes, o que equivale a uma média de 5 gigabytes por mês para cada usuário de Internet móvel 5G. Estima-se que o tráfego nas redes 5G tenha sido responsável por cerca de 9,5% de todo o tráfego de dados móveis.
Baixa adesão e restrições
Para uma nação que possui até três ou, no mínimo, uma antena 5G por província, o número de acessos pela tecnologia parece relativamente baixo. Em maio, a publicação de um documento da Comissão de Avaliação de Segurança do governo português ponderava uma eventual proibição a alguns equipamentos 5G considerados de “alto risco à segurança”.
Há anos o governo português tem sido pressionado pelas autoridades dos Estados Unidos para não utilizar tecnologia ligada às redes 5G fornecidas por empresas chinesas, nomeadamente a Huawei. Contudo, o país tem resistido às pressões, uma vez que tem sido um dos maiores receptores per capita de investimentos vindos da China.
Atualmente, três operadoras são as principais provedoras de rede, autorizadas pelo Leilão do 5G em Portugal: NOS, Vodafone e MEO.
A MEO foi multada em 117.500 euros pela ANACOM por não seguir as regras de construção e instalação de suas redes de comunicações. A reguladora constatou cinco infrações por parte da operadora, incluindo não usar as infraestruturas já existentes nos edifícios e fazer mudanças desnecessárias nelas. A MEO também foi multada por conectar uma infraestrutura antes de obter a permissão adequada.