Em workshop oferecido pela Ericsson nesta quarta-feira,16, Andrea Faustino, vice-presidente de soluções digitais da empresa, falou sobre a crescente influência das APIs (Interfaces de Programação de Aplicativos) no campo da tecnologia de telecomunicações e serviços 5G e como essa pode ser uma solução para diferenciação e aumento da receita das operadoras.
A VP destacou que a verdadeira disrupção não reside nas APIs em si, mas na maneira como elas são modeladas e aplicadas para impulsionar a inovação no setor.
Ao falar sobre o papel central desse componente, Faustino explicou que “o 5G é uma tecnologia que do ponto de vista de software já nasceu cloud native, ou seja, ele já faz uso dessa distribuição de recursos computacionais. Então você já tem essa flexibilização de chegar com os recursos que a aplicação demanda de uma forma muito mais distribuída dentro das redes.”
Para ela, essa flexibilidade facilita a convergência dos mundos de desenvolvimento de aplicações com as capacidades de telecomunicações, simplificando a complexidade e permitindo o desenvolvimento de serviços mais ricos.
O ponto central da disrupção, de acordo com Faustino, está na modelagem que permite a criação de APIs capazes de consumir os recursos de rede e enriquecer os serviços finais. A transição de APIs tradicionais, como as de mensageria e SMS, para APIs mais avançadas, capazes de aproveitar recursos como qualidade de correspondência, aplicativos de vídeo, localização e dados do dispositivo, é essencial para o sucesso dos serviços com o 5G.
Nesse sentido, Andrea Faustino também ressaltou a importância da “cloudificação” das operadoras para possibilitar a oferta global.“Isso também demanda uma transformação nos modelos de cobrança, permitindo que as operadoras monetizem de maneira mais flexível, alinhada aos serviços oferecidos.”
De acordo com a VP, operadoras que já estão adotando novos modelos de monetização, em vez de franquias ou acessos limitados, estão melhor posicionadas para o sucesso no cenário do 5G. Essa mudança não apenas diversifica as ofertas, mas também diferencia as cobranças com base na natureza e qualidade dos serviços, tornando o ecossistema 5G mais atrativo tanto para os consumidores quanto para as próprias operadoras.