Em manifestação complementar enviada ao relator no Cade dos recursos contra o acordo Vivo e Winity, a entidade de provedores regionais Associação Neo reiterou pedido pela reprovação da operação e questionou uma série de argumentos da dupla de operadoras – que tenta celebrar contrato de aluguel de espectro de 700 MHz em 1,1 mil cidades. A manifestação da entidade dos provedores é esperada no contexto das manifestações anteriores, mas vem em um momento relevante em que, segundo comentários do mercado, a Winity se prepararia para fazer uma oferta pública a provedores regionais como forma de viabilizar uma aprovação do acordo com a Vivo. Nesta chamada por interessados, a Winity daria prioridade aos provedores de pequeno porte e, não havendo interesse, ai sim a Anatel liberaria o acordo com a Winity.
No documento constante nos autos do processo na autoridade antitruste, a Neo voltou a classificar a pretensão da Vivo de alugar metade (5+5 MHz) da capacidade da Winity em 700 MHz como um “verdadeiro bloqueio ao acesso do único bloco de frequências baixas“. A associação também alegou que a oferta da empresa atacadista para PPPs só inclui áreas que não representam interesse/viabilidade econômica para a tele nacional.