O ministro das Comunicações Juscelino Filho anunciou que em trabalho conjunto com o Ministério de Minas e Energia, será aprovada, “em poucos dias”, a política nacional de compartilhamento de postes e que espera que ela seja aprovada ainda este ano.
“A ideia é buscar uma política econômica e não discriminatória, inclusive sobre a remuneração de acesso e uso dos espaços”, afirmou.
Mesmo após a fala do ministro, José Félix, CEO da Claro, pontuou sua crítica a como a situação tem sido levada até o momento, dizendo que falta governança em termos de serviços de telecomunicações. Em suas palavras, urge o “cuidado na precarização das redes no Brasil porque foram dadas muitas facilidades, de maneira desgovernada, na questão dos postes”.
Antes, Juscelino Filho havia mencionado prioridade nesse tema, uma vez identificado como um dos principais problemas enfrentados pelos setores de telecomunicações e energia já há vários anos.
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Conectividade universal significativa
Um dos termos do momento, a conectividade universal significativa, foi trazido pelo ministro ao enfatizar os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que destinará R$18 milhões exclusivamente para implantação do 5G em todos os municípios brasileiros e do 4G em todos os novos distritos.
Como parte do plano nacional de inclusão digital, em vigor por força de decreto presidencial, o letramento digital é um dos focos, visto que dois terços da população brasileira não possui acesso à internet porque não sabem utilizá-la e não sabem para quê serve. “Tem que haver educação nesse sentido, pois não basta garantir a cobertura e o acesso à internet, mas que ela tenha uso de valor aos cidadãos”, comentou o ministro.
Atualmente o Brasil possui mais de 138 mil escolas públicas e oito mil delas ainda estão completamente desconectadas.
Este foi um ponto também levantado pela deputada Luísa Canziani (PSD-PR), presidente da comissão de ciência, tecnologia e inovação da Câmara dos Deputados, que disse que esse é um dos maiores desafios atuais e de seu mandato.
“Ainda temos problemas do século passado. Mais da metade das crianças de oito anos, não sabe ler nem escrever e, ao mesmo tempo, temos que prepará-las para o letramento digital, para serem os profissionais do futuro. Este também é o papel das telecomunicações, vocês têm essa relevância”, concluiu.